terça-feira, 17 de março de 2009

Programa Alfabetização 100% - GEEMPA

Alfabetizar a todos, em uma sala de aula durante um ano letivo, é como a descoberta de uma vacina não na área da saúde, mas no âmbito da educação. Deixar um aluno seguir sem ler é como não eliminar todos os micróbios capazes de reinfectar o organismo escolar. Demonstra, praticamente, que este é o caminho para iniciar a concretização de uma das mais necessárias conquistas democráticas: a do acesso ao poder de ingressar no mundo letrado. A alfabetização é o principal desafio da educação, pois o número de analfabetos adultos no Brasil é de 50 milhões e no mundo são 776 milhões de pessoas de acordo com a UNESCO. Ler e escrever é ser capaz de falar de forma mais ampla e, por conseguinte, de ser capaz de melhor organizar o pensamento, atributo estruturante do ser humano ao lado da capacidade de amar, de sentir, de encantar-se com o belo e de ser bom.

Geempa em política nacional

O Geempa com duas metodologias qualificadas pelo MEC é chamado a contribuir para a correção de fluxo escolar, que é uma demanda de mais de 950 municípios em todos os estados da federação. A correção de fluxo é a reintegração de alunos nos níveis de aprendizagem que lhes correspondem no sistema escolar. Em primeiro lugar buscar a alfabetização de alunos defasados, que hoje mesmo sem saber ler, nem escrever freqüentam turmas de 2ª, 3ª, 4ª série...

O programa de correção de fluxo do Geempa já experimentado e validado acontece em três meses, organizando turmas no contra-turno escolar ao horário de aula dos alunos não integrados que têm três vezes por semana, em uma nova turma, aulas para superarem a defasagem em seus conhecimentos.

Redes de ensino que padecem deste entrave na promoção das aprendizagens podem solicitar ao MEC sua inserção nesta política nacional, que vem em muitíssimo boa hora.

Trata-se da operacionalização de uma medida que é absolutamente indispensável em âmbito nacional, face ao equívoco de promoção de alunos sem os pré-requisitos de enturmação na estrutura escolar.

A convocação para atuar nesta política nacional foi feita durante esta semana, em Brasília, à professora Esther Pillar Grossi em reunião com os responsáveis pela Educação Básica, no ministério.